quarta-feira, 25 de novembro de 2009

A não viagem


Meu trabalho sempre me exigiu algumas viagens. Na verdade, por ser mãe e por gostar demais do meu cantinho, sempre fugi das viagens como o diabo foge da cruz! Mas, algumas vezes, não tem jeito mesmo. Confesso que por um lado é bom sair da rotina de trabalho. Viajar a trabalho, profissionalmente, dá uma renovada. Mas, pessoalmente é muito ruim ficar longe das filhotas. Dá uma dor no peito só de pensar em deixá-las. E por isso, desde que voltei da licença maternidade, eu ainda não voltei à rotina das viagens. De início, a melhor justificativa era a amamentação, pois a Beatriz mamava muito ainda e comia muito mal. Não existia a possibilidade de ficar longe dela por muitas horas. Mas, depois que ela completou 1 ano e o leite materno deixou de ser a principal fonte de alimento dela, eu sabia que não poderia recusar viagens por muito tempo... sabia que a minha hora iria chegar. E chegou... essa semana estava marcada uma viagem para Campinas. Seria apenas uma noite fora, mas suficiente para me deixar super apreensiva...

A Beatriz não mama mais durante à noite, mas dorme comigo e acorda de madrugada. Mas não teve jeito de negar. Resolvi enfrentar e pagar para ver. Deixei tudo esquematizado: Clarinha dormiria com o pai. Ok. Ricardo dormiria na mesma cama da Beatriz. Meu voo sairia à noite. Fui em casa na hora do almoço e, por azar meu, a Beatriz ficou dormindo durante o tempo todo em que eu estive em casa. Não pude amamentar e nem me despedir dela. Saí de casa com o coração mega apertado, com lágrimas nos olhos. Parece até exagero para quem não é mãe. Mas, tenho certeza que outras mães me entendem perfeitamente...

Chegando no trabalho à tarde, tive a feliz notícia de que minha viagem não havia sido autorizada. Eu não acreditava!!!!! Nossa, que alívio. Cheguei em casa no fim da tarde, mais feliz do que nunca por estar com as minhas filhotas. Curti cada sorriso, cada abraço, feliz de estar com elas. A Clarinha, que já tinha combinado de ir para a casa do pai, não quis alterar seus planos (minha pequena independente, ehhehe). Ok, sem problemas. Fico tranqüila quando ela vai para lá e feliz que ela se dê super bem com o pai. Mas, antes dele chegar, colocamos um CD de cantigas de roda escolhido pela Clarinha e lá ficaram as duas dançando e se divertindo uma com a outra. E eu olhando que nem uma boba... feliz pelo simples fato de estarmos juntas naquele momento.

2 comentários:

Luciana disse...

Ehhhh! Adoro finais felizes!!!

Beijos!

Valquíria disse...

Eu entendo perfeitamente essa dor que você sente ao ter que se ausentar das suas pequenas, afinal tb sou mãe e ficar um dia inteiro já é ruim imagina um dia e uma noite, meu Deus não aguento não!Ainda bem que essa viajem não foi autorizada!rs...beijos
Val e Gui
valquiriaesteves@gmail.com