quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Dias conturbados...



Depois de 1 semana maravilhosa na Bahia, com muito sol, praia, piscina e diversão, temos passado uns dias conturbados por aqui...

Chegamos de viagem no domingo às 9 horas da noite. A geladeira estava vazia. Nao tinha nada para sobrevivermos durante a semana. Ricardo se manda para o supermercado (que estava quase fechando) e eu vou dar jantar para as meninas (sorte que eu tinha umas sopinhas congeladas). Até todo mundo ir para cama, já eram 11 horas da noite. A Clarinha começaria as aulas no dia seguinte às 7:30 da matina! Depois que as meninas dormiram, lá fui eu separar todo o material escolar da Clarinha para entregar na escola no dia seguinte. Tive que abrir tudo, escrever nas etiquetas, colar as etiquetas, separar as sacolas... isso depois do dia inteiro de sol na piscina, depois circuito táxi-aeroporto-avião-táxi-casa (4 horas nessa brincadeira). Conclusão: fui dormir depois de 1 hora da manhão. Exausta e tendo que acordar super cedo para levar a Clarinha para aula. Era o primeiro dia de aula dela na escola nova e eu estava super ansiosa por ela...

No dia seguinte, madrugamos: acordamos 6:30 do horário de verão (ainda escuro). A Beatriz ainda acorda de madrugada e ultimamente tem dormido super mal... acordei que nem um zumbi... Chamei a Clarinha para ir para a escola e ela já levantou chorando... estava ansiosa por causa da escola nova e foi para aula aos prantos. A deixei na sala de aula e fui embora com o coração apertado... Ela já está no segundo ano e não tem mais essa da mamãe ficar por perto para adaptação. Tive que ir embora, mas não sem antes dar uma espiadinha pela janelinha da sala para ver se ela estava bem.

Passei a manhã toda com a Beatriz. Ainda estou de férias e, portanto, por conta das meninas. Passeamos bastante, fomos ao parquinho e andamos, andamos e andamos. E o cansaço já acumulando... mas tudo bem, eu pensei: à tarde a Beatriz dorme e eu descanso um pouco... Doce ilusão: Clarinha voltou da escola cheia de deveres de casa, acumulados na semana anterior que ela teve que faltar, pois estávamos na Bahia. Não tínhamos terminado todos os deveres quando a Beatriz acordou com a corda toda. Tivemos que deixar o resto dos deveres para noite, pois é impossível da Clarinha fazer o dever de casa com a Beatriz por perto. Ela quer pegar os lápis, rabiscar a folha do caderno, enfim... uma bagunça só!! Daí resolvi esperar o Ricardo chegar do trabalho para distrair a Beatriz enquanto eu ajudava a Clarinha com o dever de casa.

A tarde fomos ao shopping para comprar o material escolar da Clarinha que estava faltando. Um caos também. Eu tentando explicar para a atendente o que estava faltando da lista e a Beatriz mexendo em tudo, tirando as tampas das canetas, querendo sair da loja. Terrível.

À noite, a Beatriz estava super enjoada e só queria mamãe... eu tentando ajudar a Clarinha a terminar o dever e ela em volta, chorando, pedindo colo. E eu já esgotada e super sem paciência... o ponto crítico foi a hora do banho da Clarinha: a Beatriz esgoelava, enquanto eu enxugava e colocava o pijama na irmã. Chegava a perder o fôlego! Eu já irritadíssima, super cansada, briguei com ela (o que só piorou a choradeira) e acabei chorando junto. Depois disso, foi só stress até finalmente ela dormir... Cara, que sensação horrível... sentimento de impotência, sabe? Vontade de gritar: PARA TUDO!!! EU NÃO SOU DUAS!!! PORQUE TUDO EU?????

Eu sei todo esse stress foi fruto do cansaço físico e da ansiedade pelo início das aulas da Clarinha. E as meninas, principalmente a Beatriz, são umas esponjinhas. Absorvem todo o meu estado de espírito. Nessas horas eu me sinto uma péssima mãe, pois ao invés de ajudar e controlar o stress das meninas, eu acabo piorando as coisas com gritos e brigas. Mas, não tem jeito. Eu sou humana, poxa! Como poderia ser uma mãe perfeita? Eu juro que tento ser a melhor mãe possível, mas vem um dia desses e acaba com a minha "auto-estima materna"... :(

O resto da semana foi cansativa também, mas melhorando a cada dia. Colocamos o sono em dia (ou pelo menos tentamos) e estamos curtindo esses últimos dias de férias bem juntinhas. Com muito mais alegria e bem menos stress. E não é que tudo volta para os eixos? Tive tempo até de escrever esse post! :)

Bom carnaval!!

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Comprando material escolar


As férias da Clarinha estão acabando. Dia 1º as aulas recomeçam e a minha pequena inicia uma nova jornada: escola nova, amiguinhos novos, professora nova, novo horário escolar (ela vai estudar de manhã). Tudo isso já me dá aquele friozinho da barriga, sabe? Como se fosse eu a enfrentar tantas novidades! Infelizmente (mas por uma boa causa), ela vai ter que faltar a primeira semana de aula. Vamos tirar mais uma semaninha de férias pré-carnaval e vamos para Bahia. Então, ela só começa para valer na nova escola a partir do dia 08.

Bom, como não poderia deixar de ser, hoje fomos comprar o material escolar. E atire a primeira pedra quem não AMAAAAAVA comprar material escolar!!!! Tudo novinho, brilhando, lindo, lindo!! Livros com cheirinho de novo, mochila tinindo, além de todo o resto: cadernos, estojo, canetinhas, lápis, réguas, colas, borrachas, enfim. Uma infinidade de coisinhas tão novas que dá até pena de usar. Pois é. A Clarinha já curte bastante tudo isso. Estava contando os dias para a compra do material escolar. Ela mesma escolheu seus cadernos, estojo, cores de cartolina, papel EVA, brinquedo pedagógico, etiquetas para identificar o material, contact com motivos infantis, etc. Experimentou o uniforme novo e escolheu os tipo e cores de calça e blusas da escola. E agora vamos chegar em casa e ela já disse que vai arrumar a mochila, etiquetar o material... Muito legal sentir a empolgação em seus olhinhos ao ver aquela papelaria enorme prestes a ser explorada!

Claro que deixar tudo para última hora é péssimo (e eu sempre deixo para última hora, hehe). A loja estava lotada, demoramos cerca de 2 horas e meia ao todo. A Clarinha sequer reclamou. No final, enquanto eu estava na fila para pagar, ela sentou em um banquinho e ficou lendo uns livrinhos da loja. Mas, taí: esse, que seria um programa fadado ao título de “programa de índio”, foi super gostoso (ok, tirando as filas e a demora do atendente a procurar os livros, enfim). Sentimento de nostalgia, sabe? Me lembrei da minha mãe levando a gente para comprar material escolar na Casa Mattos (acho que nem existe mais!). Eu adoro reviver coisas da minha infância com as minhas filhas. Isso traz um quentinho lá no fundo do coração. Um nó na garganta. Parece que só as minhas filhas conseguem me deixar tão próxima das minhas memórias emocionais da infância. Me fazem relembrar e reviver sentimentos que eu nem lembrava que existiam. Sentimentos simples e puros. Apaixonantes.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Notícias daqui - parte III










Para finalizar a retrospectiva 2009, não posso deixar de falar sobre as nossas tão esperadas férias. Em teoria, férias seriam para descansar, certo? Mas para quem tem filhos, e especialmente, para quem tem um bebê de 1 ano e 4 meses, férias não é sinônimo de descanso. Muito pelo contrário! Eu brincava que quando acabassem as minhas férias, finalmente eu voltaria ao trabalho para descansar!! Mas, apesar do cansaço, as nossas férias foram maravilhosas!! Nosso roteiro:

24/12: natal em Brasília com a família do Ricardo.

25/12: viajamos para o Rio e curtimos um almocinho de natal com a minha mãe.

31/12: viajamos para São Paulo e passamos o ano novo com a minha irmã.

02/01: voltamos para o Rio.

04/01: viajamos para Búzios.

08/01: voltamos para o Rio.

09/01: voltamos para Brasília.

Ufa...

A Clarinha não esteve com a gente o tempo todo. No ano novo, ela preferiu subir a serra com a minha mãe e não nos acompanhou na ida à Sampa. A Clarinha tem verdadeira paixão pela avó. Quando vai para o Rio, só quer saber dela. E elas se divertem muito! Vão ao cinema, teatrinhos e passeiam por todo o lado. Um verdadeiro grude! Acho a relação delas muito legal e me lembra a minha relação com a minha avó, quando eu era criança. Nós também morávamos longe uma da outra, eu no Rio e ela em Porto Alegre. Mas, quando nos encontrávamos, ficávamos grudadas! Eu sofria muito depois com a separação, exatamente como a Clarinha sofre quando vamos embora do Rio. Ela chora sentida mesmo. Chora, pois já tem noção da distância, do tempo e da saudade... Eu me lembro exatamente desse sentimento. Era o mesmo que eu sentia quando eu me separava da minha querida Jane.

Em Búzios, a família estava completa: Eu, Ricardo, Clarinha e Beatriz. Ficamos em uma pousadinha ótima, na praia da ferradura. As meninas se divertiram muito!!! A Beatriz amou a praia (eu, que fui criada na beira da praia, tenho duas filhas candangas que só vão à praia uma vez por ano, kkkkkkkkkkk). A Bibi brincava o tempo todo, andava na beirinha do mar, molhava as maõzinhas, coisa mais linda. Explorando texturas novas, lugares diferentes. Para a Clarinha, os atrativos já são um pouco diferentes (e mais caros, hehe): ela estava super corajosa! Na praia, andou em uma bóia puxada por uma lancha (andava bem rápido) e andou de caiaque. À noite, a levamos a um centro de diversões radicais, onde tinha aquele elástico que as crianças pulam muuuuiiiiiito alto, rali de jipe, tirolesa, kart, dentre outras atrações. Ela foi no elástico e no jipe. Na tirolesa, ela chegou a subir, mas desistiu quando viu a altura. Além disso, curtimos um teatrinho na pracinha da armação no fim de tarde. Foi tudo muito bom! Búzios é uma delícia. Eu, que curti muito a cidade na minha adolescência, agora aproveitei o que Búzios oferece para as famílias. Eu, que só ia a praia em Geribá, na mais pura badalação, curti praias mais tranqüilas para crianças, como a ferradura e João Fernandes. À noite, ficávamos na varandinha do nosso quarto, tomando um vinho e relaxando. Longe do agito da rua das pedras e curtindo aqueles rostinhos rosados de sol... aquelas carinhas de anjo que só as crianças têm quando dormem. Existe coisa melhor que isso?

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Notícias daqui! Parte II









Em dezembro, além das duas viagens a trabalho comentadas no post anterior, teve a comemoração do primeiro aniversário do meu sobrinho Bernardo. E, como minha família está toda espalhada pelo Brasil a fora, nós nos deslocamos até São Paulo para participar da bagunça. E valeu a pena, claro!! Foi uma ótima oportunidade de reunir a família. O Bernardo está uma gracinha, andando para todo lado. Nessa hora dá uma peninha de ficar tão longe... o Bernardo e a Beatriz têm praticamente a mesma idade e seria muito legal se eles convivessem... ela, inclusive, já vê as fotos dele, reconhece e fala: “Bêêêê...”. Linda!!! A Clarinha é a mocinha da família, mas se diverte com as peraltices dos bebês.

A festinha foi ótima! As crianças se divertiram um monte e os adultos também. Voltando para casa após a festa, só para lembrar que estávamos na capital paulista, pegamos 2 horas de engarrafamento e chegamos em casa à 1 hora da manhã. Cansados, mas felizes de termos participado de uma comemoração tão especial: o primeiro aninho da vida do nosso querido Bezinho.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Notícias daqui! Parte I

Depois de muito tempo sem postar, venho aqui justificar minha ausência e contar as novidades. Dezembro foi um mês super atarefado. Muito trabalho e compromissos sociais. Vamos por parte:

Parte I – Viagem a trabalho

Em dezembro viajei a trabalho duas vezes... Não teve jeito. A minha “não viagem” do post anterior se transformou em viagem na semana seguinte. Foi apenas uma noite fora. A primeira noite em que a Beatriz não me teve por perto desde que ela nasceu. Ela ficou aos cuidados do super papai e os dois se saíram muito bem! rsrsr. Ela chorou no meio da noite e o Ricardo deu a mamadeira. Ela mamou e virou para o lado para pegar no sono novamente. Ele já estava vibrando e se achando o máximo quando, de repente, a Beatriz abriu os olhos e percebeu que não era eu quem estava ali. Começou a chorar e chamar pela mamãe. O Ricardo explicou que eu estava viajando, que no dia seguinte eu voltaria e a levou em todos os cômodos para mostrar que eu não estava ali. Ela se acalmou e dormiu bem o resto da noite. Considerei o saldo super positivo. O que ajudou também foi o fato da Beatriz não mamar mais no peito no meio da noite. Acho que se a associação ainda existisse, seria bem mais complicado do Ricardo fazê-la voltar a dormir. A Clarinha se comportou como uma mocinha e dormiu super bem, como de costume. Ela já está acostumada a dormir longe de mim, pois dorme na casa do pai com certa freqüência. E agora está querendo até dormir na casa das amiguinhas! Mas esse é assunto para outro post.

Na semana seguinte, viajei novamente. Fui para Porto Alegre ministrar uma palestra. A Beatriz surpreendeu. Acordou apenas uma vez, tomou a mamadeira e voltou a dormir. Nem me chamou e nem me procurou. O Ricardo, super papai, dormiu a noite toda ao ladinho dela. A viagem foi ótima e eu aproveitei a oportunidade para visitar minha família do sul. Encontrei meu pai, meus tios e meus primos. E visitei minha avó paterna, que já está com 94 anos. Foi super emocionante o encontro e já valeu a viagem (a foto acima é o registro desse encontro).

É isso... fico feliz por ter deixado tudo rolar tão naturalmente com a Beatriz. Por ter insistido em não viajar a trabalho enquanto não tinha segurança para isso. Por ter me privado por milhares de vezes de sair com as minhas amigas ou com meu marido, mesmo tendo babá que dorme em casa, para estar ao lado dela quando ela acordasse à noite. Acho que a segurança que passamos para ela com essas atitudes a faz uma criança feliz. Agora, até já dá para tomar um chopp com as amigas de vez em quando. Ou sair com o Ricardo para uma pizza. Sem estresse. Tudo a seu tempo.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

A não viagem


Meu trabalho sempre me exigiu algumas viagens. Na verdade, por ser mãe e por gostar demais do meu cantinho, sempre fugi das viagens como o diabo foge da cruz! Mas, algumas vezes, não tem jeito mesmo. Confesso que por um lado é bom sair da rotina de trabalho. Viajar a trabalho, profissionalmente, dá uma renovada. Mas, pessoalmente é muito ruim ficar longe das filhotas. Dá uma dor no peito só de pensar em deixá-las. E por isso, desde que voltei da licença maternidade, eu ainda não voltei à rotina das viagens. De início, a melhor justificativa era a amamentação, pois a Beatriz mamava muito ainda e comia muito mal. Não existia a possibilidade de ficar longe dela por muitas horas. Mas, depois que ela completou 1 ano e o leite materno deixou de ser a principal fonte de alimento dela, eu sabia que não poderia recusar viagens por muito tempo... sabia que a minha hora iria chegar. E chegou... essa semana estava marcada uma viagem para Campinas. Seria apenas uma noite fora, mas suficiente para me deixar super apreensiva...

A Beatriz não mama mais durante à noite, mas dorme comigo e acorda de madrugada. Mas não teve jeito de negar. Resolvi enfrentar e pagar para ver. Deixei tudo esquematizado: Clarinha dormiria com o pai. Ok. Ricardo dormiria na mesma cama da Beatriz. Meu voo sairia à noite. Fui em casa na hora do almoço e, por azar meu, a Beatriz ficou dormindo durante o tempo todo em que eu estive em casa. Não pude amamentar e nem me despedir dela. Saí de casa com o coração mega apertado, com lágrimas nos olhos. Parece até exagero para quem não é mãe. Mas, tenho certeza que outras mães me entendem perfeitamente...

Chegando no trabalho à tarde, tive a feliz notícia de que minha viagem não havia sido autorizada. Eu não acreditava!!!!! Nossa, que alívio. Cheguei em casa no fim da tarde, mais feliz do que nunca por estar com as minhas filhotas. Curti cada sorriso, cada abraço, feliz de estar com elas. A Clarinha, que já tinha combinado de ir para a casa do pai, não quis alterar seus planos (minha pequena independente, ehhehe). Ok, sem problemas. Fico tranqüila quando ela vai para lá e feliz que ela se dê super bem com o pai. Mas, antes dele chegar, colocamos um CD de cantigas de roda escolhido pela Clarinha e lá ficaram as duas dançando e se divertindo uma com a outra. E eu olhando que nem uma boba... feliz pelo simples fato de estarmos juntas naquele momento.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Noite da soneca

Minha bebê está crescendo!!!! Sexta-feira dormiu fora de casa, vê se pode? Calma, não estou falando da Beatriz, hehehe. Estou falando da minha bebezona que 6 anos que está cada dia mais independente...

Então... na sexta-feira rolou a “Noite da Soneca” na escola. A bagunça foi organizada pela escola especialmente para as crianças do 1º ano, como uma forma de despedida, pois no ano que vem eles terão que mudar de escola. Foram 3 turminhas de 1º ano (cerca de 60 crianças!!!) assistidas pelas respectivas professoras e assistentes. Cada criança ganhou uma listinha de coisa que deveria ser levada para a noite da soneca. A Clarinha já sabia de cor a tal listinha e juntas, nós organizamos a malinha. Ela levou:

- Colchonete e roupas de cama

- Pijama e pantufa

- Escova de dentes

- Lanche reforçado para a ceia

- Lanterna para caça ao tesouro

- Roupa para o dia seguinte

- Ursinho para dormir abraçada

Ela estava numa ansiedade só! Preparou tudo com muito carinho, conferiu tudo e juntas fomos para a escola. Chegando lá, o clima já era de festa. Os colchonetes estendidos, as coisinhas arrumadinhas, pais tirando fotos, crianças correndo e gritando. Deixei a caminha dela arrumada, a malinha ajeitada e fui para casa com o coração apertadiiiiiiiinho.... chegando em casa, me toquei que tinha esquecido o celular no trabalho. Nossa, que desespero!!!! E se ela chorar e quiser voltar para casa?? Como eles vão me achar? Voltei correndo para o trabalho para buscar meu celular é claro. Durante toda a noite fiquei pensando nela. No que ela estaria fazendo, se estaria se divertindo, se dormiria facilmente, se sentiria minha falta, se choraria... pensei até em ligar para a escola para saber como estava tudo, mas pensei que seria melhor não ligar, pois de repente ela poderia sentir saudades e estragar a noite tão esperada. Bom, a noite passou e eu não recebi nenhuma ligação. Fui dormir com o coração apertado, pois estava frio e o colchonete era fininho... será que a minha pequena dormiria bem? Será que sentiria frio? Será que acordaria no meio da madrugada sentindo falta de casa? Será que faria xixi na cama e ficaria morta de vergonha? Será, será, será....

No dia seguinte, o pai dela que a buscou, pois já estava combinado que eles passariam o sábado juntos. Logo cedinho ela me ligou contando que foi muito legal, que eles se divertiram muito, que teve caça ao tesouro, show de talentos, desfile de pijamas e que eles foram dormir meia-noite e meia!!!! Estava toda feliz!! Na hora senti um alívio imenso!! Tudo tinha dado certo e minha pequena teve uma experiência incrível para uma menina de 6 anos!

Nessas horas a gente se dá conta em como o mundinho das crianças se amplia em tão pouco tempo. Quando são bebês, o mundo deles se resume à mamãe, parece que nada mais importa e as pessoas se dividem em: “mamãe” e “não é a mamãe”. Já na idade da Clarinha, os amiguinhos são muito importantes. Se ela está brincando com uma amiga, nem lembra da minha existência e é capaz até de dormir fora de casa!! Gosto muito de ver essas pequenas conquistas, esses pequenos passos em direção à independência. Afinal de contas, o objetivo é esse: dar o máximo de segurança para que eles possam trilhar seus próprios caminhos pelo mundo.