quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Batizado

Um pouco atrasado, eu sei. Mas não poderia deixar de escrever um post sobre o batizado da Beatriz. Resolvemos batizá-la, embora não sigamos ferrenhamente a religião católica. Eu não sigo nenhuma religião na verdade e não fui criada dentro do catolicismo. O Ricardo também não, embora tenha sido batizado e feito primeira comunhão. Mas achamos bacana batizar a Beatriz, reunir a família e homenagear os padrinhos queridos que escolhemos para ela. E a energia do evento e a benção que ela recebeu foram muito legais. O batizado aconteceu na Igrejinha N. S. de Fátima da 307/308 sul. A igreja é um capítulo à parte: foi o primeiro templo de alvenaria inaugurado em Brasília em 1958. A igreja foi construída com o objetivo de pagar uma promessa feita por Sarah Kubitschek, para curar sua filha. A capela foi projeta da Oscar Niemeyer e a sua arquitetura faz referência a um chapéu de freiras. Super pequenininha e aconchegante. Por isso, ficou conhecida como “Igrejinha”. Externamente, foi toda decorada por azulejos com motivos de flores, pássaros e pipas. Completamente diferente das igrejas tradicionais, tendo a decoração mais “leve”, quase infantil.


O batizado aconteceu no dia 05 de setembro, em um sábado às 9 horas da manhã. Aproveitamos a vinda da família para a comemoração do aniversário de 1 aninho que foi no dia seguinte. A Beatriz se comportou muito bem, hehehe. Muito fofa. Clarinha ficou com uma pontinha de ciúmes... os priminhos, Pedro e João, participaram da bagunça e brincaram à beça na parte de fora da igreja. Os padrinhos escolhidos foram os meus cunhados, os irmãos do Ricardo, a Vanessa e o Rodrigo. Duas pessoas muito especiais e próximas da nossa pequenininha.


Minha mamãe querida filmou tudo e editou esse lindo vídeo que resume muito bem a alegria e a emoção do batizado da nossa Beatriz.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Finais de semana

Eu trabalho fora de casa. Praticamente o dia inteiro. Durante a semana, fico com as meninas de manhã bem cedinho, antes de sair para trabalhar. Vou em casa na hora do almoço e fico por 1 hora e meia. O tempo de almoçar, amamentar a Beatriz, arrumar a Clarinha e a sua mochila e sair para levá-la na escola. Tudo super corrido. A Beatriz já percebe quando eu vou sair e chora bastante... é de cortar o coração vê-la chorando com os bracinhos abertos e falando: mamããããããã, mamaiiiiiiiiiii. Ai, dó!!!! A Clarinha já se acostumou. Tem época de chorar bastante também, mas de uns tempos para cá, tem ficado na boa quando eu saio. Ainda bem, pois sair com as duas chorando ia ser dureza!!! Volto às 18 horas e daí em diante meu tempo é delas. Ajudo a Clarinha com os deveres de casa em meio à bagunça da Beatriz que quer pegar os lápis, rasgar os cadernos, comer a borracha!!! Ehhehehhehe. Sei que tenho que botar ordem na casa nesse momento para não tirar a concentração da Clarinha (1ª resolução para 2010: fazer um cantinho para estudos e deveres).

Como não poderia ser diferente, nos finais de semana, aproveitamos para curtir muito as pequenas. Mas, como a diferença de idade é grande, fica difícil conciliar os programas das duas princesas. A Clarinha gosta de ir ao cinema, teatrinho, livraria. A Beatriz está na fase de explorar tudo. Não para quieta um só segundo, quer ficar andando para lá e para cá e, como ainda não anda sozinha (está começando agora a dar uns passinhos sozinha agora), fica puxando a nossa mão para todo o lado! Para deixar a Beatriz feliz, basta levá-la para andar embaixo do prédio. Ela pisa nas folhas secas, pisa na grama. Tudo é novidade! Só que eu fico com dó da Clarinha, pois nunca consigo fazer um programa legal com ela. Recentemente fomos ver “Hannah Montana – o filme” e a Beatriz ficou com o Ricardo. Mas, raramente dá para fazer isso, pois a Beatriz ainda é muito pequena e precisa muito da mãe... Esse final de semana resolvi conciliar um programa com as duas: fomos à nicolândia, um parque de diversões que tem aqui no parque da cidade de Brasília. Claro que só deu pra conciliar porque o Ricardo foi junto. Enquanto ele rodava com a Clarinha nos brinquedos, eu ficava andando com a Beatriz. A Clarinha curtiu muuuuuiiito! Está super corajosa! Foi na montanha russa com o Ricardo (uma montanha russa pequena, mas suficiente para me dar náuseas, hehehe). Foram na roda gigante (nessa até a Beatriz foi. Eu fiquei de fora pois morro de medo! Hahaha). E foi pelo menos umas 5 vezes em um brinquedo que despenca (o da foto). Nada muito radical, pois ela só tem 6 anos. Mas.... ainda bem que o Ricardo foi comigo, pois o carrossel é o máximo de emoção que eu consigo suportar, hehehe. E a Bibi? Bom, ela curtiu mesmo andar, andar e andar... explorar tudo e mais um pouco. Fomos no carrossel, é bem verdade. Mas até lá ela também não sossegou! Ficou trocando de cavalinhos toda hora. No fim do dia chapou no meu colo andando no minhocão!! Que gracinha! Bom, foi bem legal! Saldo positivo no final. Conseguimos divertir as duas e ainda comemos um churros delicioso na saída! Huuummm.... gostinho de infância.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Primeiros passinhos

Ontem, pela primeira vez, minha bebê deu seus primeiros passinhos sozinha sem apoio. Ela já anda muito bem segurando a nossa mão. Na verdade ela até corre, mas se a gente tenta soltá-la, ela fica brava e senta. Não se sente segura totalmente solta. E não é que ontem ela se soltou? Com 1 ano e 2 semanas, ela soltou as mãozinhas e veio andando primeiro paralelo ao sofá (para voltar a apoiar as mãos quando terminasse a “graça”) e depois veio em minha direção. Estávamos na sala eu, a Clarinha e depois a Daniele (a babá) que foi rapidamente convocada para conferir as sapequices da Beatriz. Ficamos todas atônitas e sem reação. Eu realmente não estava esperando, pois embora soubesse que ela tinha equilíbrio para andar, achei que ainda faltasse coragem. Foi muito fofo ver a Clarinha vibrando com o feito da irmã: os olhinhos dela brilhavam, o sorriso no rosto enquanto falava sem acreditar: “ela andou, mamãe”!!! Emocionante! Pena que o papai perdeu....

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Meu bebezão


Se tem uma coisa que me irrita é alguém fala que bebê de 1 ano não é mais bebê.... como não é bebê??? Minha filhota acabou de completar 1 aninho e ainda não anda, balbucia algumas poucas palavrinhas (mamã, papá, au-au, nenê e , para água), usa fralda, tem míseros 7 dentinhos na boca e mama no peito. Porque depois do primeiro aniversário, o bebê passaria a ser uma criança? Isso não tem o menor sentido. Para mim, a Beatriz está no auge da sua bebezice e não, ela não está grande demais para mamar no peito! Graças a Deus, não sofro nas mãos dos palpiteiros. Todos os que me cercam apóiam a amamentação e não ficam me enchendo dizendo que a Beatriz está grande para mamar.


Acho que essa opção, amamentar por mais tempo ou não, é tão pessoal e depende muito da sintonia mamãe / bebê... eu não penso em desmamar minha filhota por agora. Isso está beeeeeeem longe dos meus planos. Eu amo muito muito amamentar! E ela adora também! Porque vou ficar ouvindo bobagens (na minha opinião, pois cada um acredita no que quer), que depois da dentição o bebê não precisa mais mamar ou que a amamentação cria uma dependência muito forte (e daí??? Ela terá a vida inteira para ser independente), ou que é feio amamentar criança maior e que trará problemas psicológicos depois. Em contrapartida, a OMS apóia a amentação prolongada, recomendando-a até 2 anos ou mais. Lembro uma das filhotinhas da minha gata, que ficou com a gente e não teve que ser desmamada precocemente, mamou até grande, com a boca cheia de dentes e comendo muita ração, ehehhehe. Ainda bem que ela não tinha “gatos palpiteiros” ao seu redor!


Então, em minha opinião: amamentação é amor, é carinho, é vínculo. E isso com certeza não causa prejuízos psicológicos! Abandono causa problemas psicológicos, maus tratos também. Não digo que a gente tenha que deixar a criança fazer tudo e não dar limites. De jeito nenhum. Quem me conhece sabe que eu procuro dar limites para minhas filhas. Dar limites também é dar amor. Mas eu não consigo enxergar como o amamentar possa prejudicar um bebê ou uma criança... Eles não têm malícia e não enxergam os seios como algo sexual. Por isso, não tenho um prazo estipulado para desmamar minha pequena. Não estou aqui afirmando piamente que seguirei um desmame natural se a amamentação se prolongar por muito tempo. Acho que a amamentação prolongada tem que ser boa para a mãe e para o bebê. Se a mãe não está à vontade, não adianta forçar a barra. Mas, por enquanto, a amamentação está TUDO DE BOM!!! Adoro curtir os momentos com a minha pequenininha grudadinha no peito. Eu brinco com o pezinho dela (brincando de chulé), ela morre de rir e às vezes larga o peito e fala papá, hahahhaha. Cara de pau!!!


E aos poucos, minha bebê está crescendo. Hoje em dia, do alto de seu 1 aninho e 10 dias, ela não pede mais tanto o mamá. Sou eu que sempre ofereço. Às vezes dorme sem mamar deitadinha na cama ao meu lado... daqui a pouco dará seus primeiros passinhos e quando menos se espera, já estará por aí, toda independente como a irmã. E daqui a pouco, aqueles serzinho gorducho e fofíssimo, estará somente nas minhas recordações...

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Convite festa 1 aninho!

O primeiro aninho da Beatriz vai ser comemorado no próximo domingo, dia 06 de setembro. Este vídeo foi o convitinho que fizemos para a festa. Foi preparado com muito carinho por mim e pelo Ricardo.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

1º aninho e relato de parto


Enrolei muito tempo para escrever meu relato de parto. Daí, decidi que faria isso quando a Beatriz completasse 1 ano, como uma forma de reviver tudo o que passamos e homenageá-la neste dia tão especial. Hoje, dia 1º de setembro de 2009, minha princesa completa 1 aninho. E não tem como não se emocionar ao relembrar do seu nascimento. Um dia que marcou para sempre as nossas vidas.

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A gravidez foi um susto! Totalmente inesperada, minha princesa foi feita em Londres (muito chique), em uma viagem que eu e o Ricardo fizemos em dezembro de 2007. Voltamos para o Brasil, passamos o ano novo em Maresias e ela já estava lá, sem que nós soubéssemos... a menstruação atrasou, mas como eu usava anticoncepcional de adesivo, não dei muita bola. Achei que poderia ser um efeito do contraceptivo. Depois de 10 dias de atraso, resolvi fazer um exame de sangue, mais por desencargo de consciência, afinal de contas, a chance de engravidar tomando anticoncepcional é mínima. E não é que o exame foi positivo??? Fiquei muito confusa na hora. Muito mesmo. Não tinha intenção nenhuma de engravidar naquele momento. Eu já tinha a Clarinha, do meu primeiro casamento. Eu e o Ricardo planejávamos ter um filho, mas não naquela hora. Mas, ela veio. E passado o susto inicial, começamos a curtir muito a gravidez.

Começamos a procurar um obstetra. Nessa busca inicial, não estava preocupada exatamente com o parto. Eu queria logo encontrar um médico para começar os exames do pré-natal. Tínhamos decidido que não contaríamos para ninguém sobre a gravidez, antes de ver o coraçãozinho do bebê batendo lá dentro. Como não sou de Brasília, peguei indicação de um médico que fez o parto de várias conhecidas nossas, a maioria foi cesárea. Não dei bola para isso, afinal de contas, no Brasil isso é normal (!?)... Como a Clarinha, minha primeira filhota nasceu de cesárea, logo nas primeiras consultas, já perguntei: é possível um parto normal depois de uma cesárea? O médico falou que sim, sem problemas. Mas eu não levei muita fé não... pelas conversas de consultório (sempre muiiiiiiiito lotado), já percebi que se eu continuasse com ele, seria mais uma na estatística assustadora de cesáreas na rede particular de hospitais daqui de Brasília. Confesso que cheguei a pensar: não é mais cômodo eu continuar com esse médico e ter mais uma cesárea? O que que tem? Tudo muito faz cesárea e fica tudo ótimo! Sim, era mais fácil. Mas, definitivamente, não era o que eu sonhava para mim e para aquele bebezinho minúsculo cujo coração já batia forte na minha barriga.

Comecei a minha busca pela internet e caí no mundo do parto humanizado. Confesso que me assustei quando vi que existiam mulheres que pariam em casa e sem anestesia! Como assim, sem anestesia? Eu queria um parto normal sim, mas sem anestesia era um exagero! O processo de mudança foi lento, mas aos poucos foi entrando naquele mundo. Fiz contato com doulas queridas e cheguei, às 24 semanas de gravidez ao consultório da Dra. Rachel, umas das poucas indicações de médicos adeptas do parto humanizado aqui em Brasília. Senti que estava em um caminho sem volta. Que não poderia "amarelar" e desistir de tudo. Que teria que ser forte e controlar minha ansiedade, minha pior inimiga. E que teria sim meu parto normal. No fundo, desde que comecei a me aventurar pelo mundo do parto humanizado, tinha certeza que conseguiria.

Minha data prevista de parto era 31 de agosto. Com 39 semanas de gravidez, minha ansiedade patológica estava totalmente sob controle. Eu sabia que mais dia, menos dia, chegariam as contrações tão esperadas. No dia 28 de agosto, quinta-feira, fui no consultório da Dra. Rachel e ela fez um exame de toque meio desanimador: nada de dilatação, colo longo e grosso e o orifício externo do colo já meio amolecido. Ela me disse que provavelmente não nos veríamos naquele fim de semana e deixou a consulta marcada para a próxima terça... tudo bem... não tinha esperanças mesmo que a Beatriz chegasse antes das 40 semanas. Mas também não queria chegar às 42, pois a ansiedade começaria a apertar...

Dia 30 de agosto de 2008, sábado, véspera da DPP. Às 5 horas da manhã, senti umas contrações meio diferentes... eram um pouco incômodas, lembrando as cólicas menstruais. Comecei a cronometrá-las e vi que tinham uma certa regularidade. Vinham a cada 15 ou 20 minutos. Opa!!!! Será????? Tentei cochilar, mas não consegui. Não agüentei e acordei o Ricardo: "amor, tô com umas contrações esquisitas... será que a Bia está chegando?" Ficamos esperando, mas vimos que elas estavam irregulares. Cessavam por cerca de 1 hora e depois reapareciam... O Ricardo tinha marcado um jogo de tênis com um amigo naquele dia e eu falei para ele ir. Que eu não estava em trabalho de parto e que não tinha problema nenhum. Bom, eu não estava oficialmente em TP, mas sabia que ele estava perto! Estava curtindo cada contração. Achava uma delícia sentir aquela dorzinha. Achava o máximo ficar cronometrando, tinha sonhado muito com esse momento! E agora ele era real! Sabia que logo logo minha bebezinha chegaria! Naquele sábado, fui comprar as amêndoas para colocar nas lembrancinhas do nascimento da Beatriz. Antes disso, tomei um capuccino na torteria de Lorenza. Lá senti algumas contrações. Na loja de festas, senti mais algumas. Voltei para casa e junto com a Clarinha preparamos as lembrancinhas. Eram 9 amêndoas para cada caixinha. Muito fofo ela me ajudando! Nisso, foram mais algumas contrações. Eu já estava me empolgando, mas o negócio parou... À tarde eu tinha um chá de cozinha de uma amiga, mas achei melhor não ir e tirar a tarde para descansar. Se o TP engrenasse de madrugada, eu precisaria estar descansada. Então, entre uma contração e outra, cochilei e relaxei. Até então não tinha ligado para minha médica. Estava esperando a coisa engrenar para falar com ela. Não queria criar alarde à toa... Por telefone, minha mãe e a minha doula acompanhavam meus pródromos. À noite e de madrugada o TP não engrenou. Dormi muito mal, pois eu tinha contrações espaçadas, incômodas, porém sem regularidade. Mas a cada contração eu acordava e me encolhia na cama até passar. Quando era muito dolorida, eu tinha que sair da cama e ir para a bola de pilates. Depois voltava para a cama para dormir. E assim fomos até o amanhecer do dia 31 de agosto.

Dia 31 de agosto de 2008, domingo, a DPP. Acordei com contrações regulares. Vinham a cada 10 ou 15 minutos. Me empolguei e achei que agora a coisa iria deslanchar. Coincidentemente, a Clarinha foi passar o dia com o pai dela. Já avisei a ele que a Beatriz estava para chegar, pois estava com muitas contrações e pedi que ele dormisse com ela naquela noite. Tudo certo. Só faltava a Bia nascer! Liguei para a médica e a deixei de prontidão. Ela falou para eu ligar de novo quando tivesse com contrações de 5 em 5 minutos por pelo menos 1 hora (acho que era isso). Porém, quando deu meio-dia a coisa parou. Aí eu desabei. Eu, que estava super otimista e pouco ansiosa, levando tudo na ótima e curtindo cada contração, comecei a desanimar. Poxa, mais de 24 horas tendo contrações doloridas e NADA de TP???? Será que ele não engrenaria nunca??? Poxa, eu queria minha filhota comigo.... chorei muito nos braços do Ricardo. Ele me acalmou e falou que estava perto dela chegar. Disse para eu não ficar daquele jeito, que as coisas estavam andando. Ok... passada a crise fomos almoçar na casa da minha sogra. Lá, tive várias contrações na sala. Minha sogra só dizendo: "essa menina chega hoje! Já já!" E eu, sem querer criar expectativas ia falando que não... que achava que ela só nasceria na semana que vem.

Almocei bem, depois tomamos um café e fomos descansar. No cochilo da tarde, mais contrações dolorosas. Lembro de uma que doeu bastante. Às 18 horas mais ou menos resolvemos voltar para casa. Daí a coisa engrenou e eu perdi a noção do tempo. As contrações não pararam mais. Foram ficando mais freqüentes e mais duradouras. Meu marido cronometrava, eu passava o tempo na bola de pilates. Liguei para a Dra. Rachel e ela disse que eu já poderia ir para o hospital se eu quisesse, para checar a dilatação, mas que só me internaria se eu já tivesse com mais de 4 cm. Resolvi esperar em casa. Aliás, os planos eram esses. Passar a maior parte do TP em casa e só chegar no hospital com a dilatação avançada. Fizemos as nossas malas. Meu marido colocou uma música tranqüila, apagou as luzes.... daí ele massageava as minhas costas e colocava a bolsa de água quente a cada contração. Ele foi maravilhoso, super companheiro!! Um "doulo" mais que perfeito. Teve um momento que fui para o chuveiro com a bola de pilates e foi tudo de bom também. Em um determinado momento o tampão saiu. Nossa, que felicidade! Mais uma prova de que tudo estava indo bem e que a dilatação estava evoluindo.

Dia 1º de setembro de 2008, madrugada de segunda-feira. Acho que lá para 1 hora da manhã resolvemos ir para o hospital. Ligamos para a Dra. Rachel e fomos para o Santa Luzia. Lá, o plantonista foi checar a dilatação e eu já estava com 7 cm. Que maravilha!!! Ótima notícia. Porém.... o hospital não tinha vaga... era um domingo e muitas cesáreas são marcadas para o fim de semana... daí já viu, né? Quem quer ter um parto normal, se lasca. Ligamos para vários hospitais e o único que tinha vaga era o Santa Helena, no final da asa norte. Fazer o quê? Fomos do final da asa sul ao final da asa norte, com mais de 7 cm de dilatação e muito sangue (sim, eu sangrei muito durante o TP). Nessa hora, só lembro da minha mãe ligando e eu falando que o hospital não tinha vaga. Ela, lá do Rio, ficou desesperada, me perguntando mil coisas e eu já não falava nada com nada. Passei o telefone para o Ricardo e ela desesperada ao me ver naquele estado e sem ter onde parir, ehhehehehe.

Chegamos no Santa Helena. A Dra. Rachel e a Jana, minha doula, chegaram junto com a gente. Fomos checar a dilatação e... Opa, 8 cm!!! Que beleza!! "Que mulher parideira", disse a Dra. Rachel. Nisso eu estava numa tremedeira só. Mas, levando tudo na boa. O engraçado é que onde eu ficava, não queria sair. Me colocaram em uma cadeira de rodas e eu não queria levantar de lá por nada!!! A Dra. Rachel me perguntou se eu não preferia ficar andando e eu agarrada naquela cadeira de rodas, tremendo que nem vara verde, hehehe. A tremedeira não era de medo não... era um sintoma comum da fase de transição (eu já tinha lido muito sobre isso e sabia que era normal). Bom, nem passamos pelo quarto. Fomos direto para o centro cirúrgico. Eu, Ricardo, Dra. Rachel e Jana. Logo depois chegou a anestesista (eu já estava muito cansada e imaginei que a anestesia poderia me relaxar). Achei a mulher super mal encarada... tenho muita nóia com esse lance de anestesia e fiquei fazendo mil perguntas para ela. Daí, a Dra. Rachel chegou perto de mim e perguntou: "Luna, você quer mesmo tomar essa anestesia? Você está indo tão bem... acha que vale a pena?" Daí eu pensei: já estou com 8 cm de dilatação e não estou achando tudo tão dolorido assim. Está correndo tudo tão bem... porque de repente estragar tudo tomando anestesia? Decisão tomada: dispensamos a anestesia. Logo logo já estava com 10 de dilatação, ou seja, oficialmente no período expulsivo.

O ruim de tudo é que hospital não era nem um pouco preparado para parto humanizado... fiquei sentada numa maca semi-inclinada (???), com as pernas apoiadas naquele negócio de ginecologista. Péssima posição. Ruim para fazer força, ruim para tudo. Eu fiquei nessa posição por muito tempo, antes mesmo dos 10 cm de dilatação. A cada contração, eu fazia força, embora ainda não tivesse com vontade. Não estava sentindo os puxos do expulsivo ainda. Isso me cansou muiiiiiiito!!!! No final, eu estava morrendo de fome e sono e só queria que a Beatriz nascesse logo. A cabecinha dela já estava lá embaixo, mas ela não coroava de jeito nenhum. E eu morta de cansaço. Daí, a Dra. Rachel fez a episiotomia. Eu não queria, claro, mas frente à situação (eu morta de cansaço e a menina que não coroava nunca), eu me rendi... Depois da episio, acho que em mais 4 ou 5 contrações, ela nasceu. Lembro da Dra. Rachel falando: "Vamos, Luna. Força!! Força!!! Falta tão pouquinho, Luna! Força! Vem, Bia! Vem, Bia!! Vem, Vem! Luna, como ela é linda!!!!". E ela foi para o meu colinho. Eu não acreditava!!!! Tinha conseguido!!!! Ela estava ali comigo!!!

Assim, na madrugada do dia 1º de setembro, às 4:37 minutos, nasceu minha princesa Beatriz. Apgar 8 / 9, com 3.105 kg e 50,5 cm. Cabeça amassadinha devido ao longo tempo no canal de parto (ela nasceu com a cabeça virada para cima, olhando para o teto. O mais comum é o bebê nascer com cabeça virada para o chão) e uma circular de cordão. Linda, perfeita. Passou pelos procedimentos pediátricos de rotina do hospital (o pediatra era plantonista) e veio mamar. No dia seguinte tivemos alta e voltamos para a nossa casinha com a nossa princesinha. E a partir daquele dia, nunca mais nossa família seria a mesma. Hoje me sinto completa e agradeço todos os dias que o destino tenha colocado a Beatriz nas nossas vidas.

Dia 1º de setembro de 2009, tarde de uma terça-feira. Beatriz, minha princesinha caçula, parabéns pelo seu 1º aninho. Você é uma criança muito, muito amada! Dedico esse relato de parto a você e ao seu 1º aniversário. Guarde-o com carinho e que ele te sirva de inspiração no dia que você for mãe. Te amo com todo o meu coração. Mamãe.