sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Doces 30...






Domingo passado completei 32 aninhos. Trinta e dois aninhos... peraí??? Quanto??? Parece que foi ontem que eu ainda morava com a minha mãe. A impressão que eu tenho é que o tempo voou! Parece que foi ontem que eu estava na faculdade de veterinária vestida de branquinho, brincando de ser médica. E agora, já vou fazer 10 anos de formada!! Passou tudo muito rápido! Éramos adolescentes viciadas em praia, sol e campeonatos de body board! Agora somos profissionais - veterinárias, publicitárias, arquitetas, psicólogas - mães, esposas, donas-de-casa. Somos donas no próprio umbigo, temos independência financeira e muita responsabilidade. A carga é grande, muito grande. Às vezes parece que o dia tinha que ter 40 horas, no mínimo. Mas, sinceramente, acho que estou vivendo uma das melhores fases da minha vida. Estou formando uma família! Deixei de ser filha para ser mãe. Os papéis foram trocados. E não tem nada mais gratificante na vida do que ver os filhos crescendo. Festas, baladas? Adoro, amo! Mas parece um grão de areia quando comparo com as primeiras palavrinhas da Beatriz, com o primeiro dentinho mole da Clarinha... Satisfação profissional? Para mim, importantíssimo! Não abro mão de trabalhar, me faz muito bem! Mas, agora minhas prioridades são elas. Por isso, atualmente não estou em busca de viagens profissionais, não quero passar horas a fio no escritório para ganhar um pouco mais. Dinheiro a gente recupera depois. Já a infância delas... passa rápido demais!!!

Agradeço por mais um aninho de vida! Agradeço por ter uma família maravilhosa, que me ensinou valores que eu considero essenciais. Agradeço à "força maior" que colocou o Ricardo no meu caminho, um companheiro para todas as horas, um pai que superou todas as minhas expectativas. E agradeço pelas meninas. A quem dedico a minha vida e todo o meu amor.

* Os 32 aninhos foram comemorados no Rio, junto da família e amigos queridos. Essas fotos maravilhosas foram resultados desse encontro. Cliques especiais da vovó Cau!


quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Epidemia do pânico


Não se fala em outra coisa. Nas manchetes dos jornais e da internet, não se lê outra coisa. Gripe A, Nova Gripe, H1N1, Gripe Suína. Me pergunto por diversas vezes se esse alarde é realmente necessário. Me pergunto qual o real objetivo disso tudo: é disseminar o pânico, lotando os serviços de saúde e prejudicando quem realmente precisa de cuidados médicos? Até as parturientes tiveram seu direito ao acompanhante durante o parto violado, em um momento tão especial e delicado. Momento de medo e insegurança para muitas, onde a presença do acompanhante é fundamental para trazer conforto à mulher prestes a dar a luz.


Eu, que tenho um pé na hipocondria, fico muito assustada com tudo isso. Mas, tenho conhecimento e informação suficiente para não me deixar levar pela onda de desespero que vejo por aí. Recentemente ando recebendo por email e em lista de discussões mensagens terroristas, com previsões terríveis. Sinceramente, eu odeio ler esse tipo de coisa. Provavelmente são mensagens inventadas por algum espírito de porco que fica contente em assustar as pessoas. São mensagens que não citam a fonte, falam sobre um amigo de um conhecido que trabalha no Hospital X ou Y... Nesse momento é importante não repassar esse tipo de informações, por mais que o objetivo seja ajudar as pessoas.


E a mídia faz questão de sustentar o pânico. Ontem mesmo, vi na internet uma manchete em letras garrafais: “Brasil é o 3º pais em número de mortes pela nova gripe”. Embaixo, em letras pequenininhas estava escrito: “Porém, é o 2º país com a menor mortalidade pela gripe”. Gente, é isso mesmo???? A notícia ruim é destacada e a boa minimizada???? Porque isso?

Semana passada as meninas tiveram febre. Coisa comum em crianças, principalmente na idade da Beatriz. E sinceramente, tive medo. Fiquei estressada, nervosa, pensando mil coisas. Esperei ver a evolução dos sintomas e procurei não me desesperar e muito menos correr para o hospital (pior lugar para se freqüentar hoje em dia). Clarinha se recuperou da febre em menos de 12 horas. A Beatriz ficou 2 dias com febre alta (mais de 38º C) e 1 dia com febre baixa. E depois passou. Agora me pergunto: quantas pessoas, nessa mesma situação, correriam para o hospital com as meninas debaixo do braço??? Acredito que muitas!!! Com isso, o caos no sistema de saúde (que já é um caos normalmente) se instala. Culpa da epidemia do pânico...


Agora, rindo para não chorar: álcool gel virou mania!!! Clarinha está se sentindo excluída na escola, pois várias crianças têm seu próprio álcool gel (apesar de ter disponível na escola) e ela ainda não tem dela. Claro, não existe para comprar na farmácia!!!! Todo dia ela me pergunta: “mamãe, você comprou meu álcool gel???”. Pode?????


Na verdade, já estou de saco cheio dessa gripe. As maracutaias do congresso, tudo mundo esquece. Mas, quando se trata dessa gripe, parece que está difícil mudar o assunto...